Sob efeito prolongado da Maldição Cruciatus

domingo, 1 de maio de 2011

Sob efeito prolongado da Maldição Cruciatus

Abrindo novamente a minha caixa de Email vi esse texto da nossa querida Aline Freitas...

Meu amigo, depois de ter assistido aquele trailer de ontem, senti o drama pesar,

a ficha despencou, está chegando o fim mesmo!

Acabei escrevendo a repeito, segue o texto abaixo:

Nos 1 minuto e 56 segundos mais rápidos da minha vida, estática diante do teaser-trailer oficial de Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2, senti o peso da Maldição Cruciatus pesar mais forte na alma. O crucio que tem sido lançado todos os dias ao longo da nossa angustiante e dual (quero/não quero) espera pelo último filme da franquia Harry Potter, ganhou contornos mais perturbadores. Por mais de dez anos (antes mesmo das adaptações para os filmes), aprendemos a amar, odiar e compreender muitos personagens. Descobrimos que uns não eram tão bons quanto pensávamos, e outros não tão maus. J.K até mesmo deu um tapa ardido na nossa cara com a história de Snape (ardeu por dias!), nos fez tão maus e preconceituosos quanto os vilões declarados da saga. A legião que tem ansiado e sofrido com o desejo e o medo do fim, chega nos momentos derradeiros de algo que deu cores fortes à existência de todos, um mundo paralelo, um mundo bruxo, mágico, que encantou e encanta crianças e adultos.
Somos unânimes em gritar que não queremos o fim (o fim é cruel), não queremos dar adeus aos nossos amigos das quatro casas, não queremos deixar de freqüentar as aulas, até mesmo a disciplina história da magia (tão monótona), nos deixa chorosos quando pensamos que não iremos mais ouvir referências sobre conflitos de duendes e bruxos e coisa do gênero, Rony e Harry cochilando na cadeira e Hermione atenta a cada data. Não... não queremos sair de Hogwarts. Desejamos continuar a subir e descer escadas movediças, carregar grossos e pesados livros de aspecto intimidador, queremos continuar dando de cara com o Pirraça e pensar rápido num meio de nos livrar dele. Mandar corujas, escrever por centímetro em pergaminho (e nada de caneta esferográfica, pena de coruja mesmo, a tradicional). Fugir da Madame Norra, ter medo do Filch, ir para a estufa e sobreviver às plantas nem sempre inofensivas, perambular na floresta proibida. A voz metálica e calma do professor de poções, sim, Snape fará muita falta!!! A severidade de McGonagall, o jeito espalhafatoso de Hagrid, as detenções... tudo, no fim, será como uma luz que tentarão apagar na vida dos potterianos!
Temendo um distanciamento do mundo bruxo, um banimento cruel, muitos de nós nos pegamos fazendo juramentos reiterados de que jamais esqueceremos a combinação de tijolos que leva ao beco diagonal, que não esqueceremos os nomes e as matérias de cada professor de Hogwarts, lembraremos de cada feição, de cada tirada engraçada ou dramática. Juramos solenemente, nunca deixar de ver o mundo trouxa como ele é: trouxa e, que dentro de nossas mentes, estará um mundo paralelo em que pessoas montadas em vassouras disputam partidas de um esporte que chega a ser mais cheio de adrenalina que muitos que conhecemos. Fã que é fã, torce por um dos times de Quadribol.
O fim está próximo... (clichê de filme... eu sei), quando entrarmos na sala escura e ela se iluminar, prenderemos a respiração involuntariamente e seremos mergulhados numa penseira, a penseira de J.K Rowling e dos produtores da W.B. Depois que tudo acabar, quando o crucio der lugar ao Avada Kedavra bem no meio do coração, e percebermos, não a forte luz verde, mas uma escuridão pesada cair no recinto... Bom, nem o efeito do beijo de um Dementador poderá ser analogia suficiente para expressar o vazio que se apoderará de nós. Alguns ainda estarão em estado de euforia, outros terão suas cabeças baixas refazendo seu juramento, realimentando sua promessa, estarão dizendo: “Isso não acaba aqui”. Não, não acaba, não termina para aqueles que pertenceram magicamente à escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, não para quem fez amigos lá. Voltaremos sempre, sempre teremos os maravilhosos portais feitos dos livros da série que lemos e relemos ao longo desses anos. Agora serão mais importantes que nunca, eles nos levarão de volta, levarão nossos filhos e netos ao beco diagonal e apresentarão todos os professores, os alunos, os cantos e recantos da escola mais fantástica que um escritor já foi capaz de criar.
Depois desse longo crucio misturado com poção da felicidade e o Avada Kedavra do dia final, nos encontraremos em King's Cross, e continuaremos a nossa aventura! (eu vou tentar não enfartar no cinema, rsrsrs).