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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

[COLUNA] Entre tapas e beijos

Entre tapas e beijos

Quando o querido aí do Gustavo me pediu pra escrever a coluna, só teve uma exigência: quero algo gigante. Como percebi que minhas colunas eram mais curtas que os pijamas do Rony no final do ano letivo e mais tediosas que as aulas do professor Binns (e por que não queria perder o posto de colunista, claro), resolvi aceitar o desafio. Além do mais, é completamente hipócrita a pessoa que durante a estréia do último filme conseguiu dizer que a Hermione estava com dor de barriga e que a Lílian tinha um bigode (quem, eu?) escrever colunas tão sérias, não acham? Mas aí surgiu a primeira grande dúvida: sobre o que fazer? Pois bem, resolvi cursar Psicologia por dois dias e aí está o resultado do meu TCC: “A relação Rony/Hermione: uma análise dos fatos que a construíram”.


Comecemos pelo começo então. Quem não se lembra o quão adorável foi quando os dois se conheceram? Hermione, com seu jeito mandão e já completamente vestida com o uniforme, invade a cabine de Harry e Rony à procura do sapo de Neville, e vendo a tentativa de Rony de enfeitiçar Perebas, desata a falar com seu jeito sabe-tudo. O menino, é claro, fica muito ansioso para vê-la novamente! “Seja qual for a minha casa, espero que ela não esteja lá”, é o que ele comenta. Mas a situação, para a alegria de todos os fãs, logo muda após aquele incidente com o trasgo. A partir daí, Hermione vira uma boa amiga e uma boa ajudante com os deveres, claro. Mas isso não vem ao caso. Avancemos um pouquinho na história e vamos para “a missão de resgate da pedra filosofal”. Talvez (e isto é apenas um chute de uma mera fã) o fato de Rony ter se “sacrificado” por Harry e Hermione, e de a garota ter voltado ao tabuleiro para pegá-lo tenha criado um pequeno laço entre os dois, que ambos só descobririam mais tarde (Pombas, eles só tinham 12 anos galera).

Então acaba o ano e as férias começam. Harry não tem notícias de seus amigos, já que Dobby interceptava suas cartas, mas a comunicação entre Rony e Hermione segue. É uma das primeiras vezes que podemos notar que sim, os dois se falam sem que o Harry esteja junto! [caras de espanto]. Começa o segundo ano. É o ano em que Hermione cria uma paixonite por Lockhart, algo que Rony usa como motivo de piadinhas sempre que pode. Mas também é o ano em que Rony se mostra bastante querido em relação à menina. Minha nossa, ele vomita lesmas por ela! Sim, porque o motivo desse pequeno problema havia sido causado pelo fato de Draco chamar Hermione de sangue ruim. Há outro episódio, perto do final do ano letivo, em que Draco lamenta que a menina não tenha morrido, ao invés de ser apenas petrificada, e Rony, dando uma de namoradinho protetor, quase parte pra cima dele, mas é impedido por Harry e Dino. No final, todos que foram atacados voltam ao normal e mais um ano em Hogwarts termina feliz.

Pouco antes do início do terceiro ano, Hermione tem a infeliz (ou não) ideia de comprar um gato, o lindo Bichento, o que acaba se tornando o motivo de pequenas brigas entre ela e Rony (não me diga: talvez por que gatos comem ratos?) simplesmente pelo fato de ele ter um rato, o famoso Perebas. Acontece que, em determinado momento da história, Rony acha que Bichento comeu Perebas, o que gera o primeiro “corte de relações” entre os dois bruxos. Os dois param de se falar completamente e, para desespero de muitos, parece ser o fim da amizade entre eles. Mas, como nossa querida tia Jo não seria capaz de uma maldade tão grande, eles voltam a se falar quando descobrem sobre a execução de Bicuço. Rony promete ajudar Hermione a encontrar uma solução, e a menina, em um assomo de agradecimento, se joga em seu pescoço. Sim, finalmente acontece o primeiro abraço dos dois! O garoto, mais desnorteado do que se tivesse levado um balaço na cabeça, acaricia desajeitadamente a cabeça da menina.


Pulando os acontecimentos finais do terceiro ano, vamos direto ao quarto. É neste ano, ninguém pode negar, que tudo muda. Os personagens já estão “mais crescidinhos”, e começam a se enxergar de maneira um pouco diferente. A beleza de Fleur e o Baile de Inverno são os dois motivos principais para que isso aconteça. Mas deixando isso um pouco de lado, tem um pequeno acontecimento ao qual queria dar um pouco de importância. Lembram quando Malfoy lançou aquele feitiço, e os dentes de Hermione cresceram descontroladamente? Pois bem: Rony, junto com Harry, se revoltou diante da indiferença de Snape, e os dois receberam detenções por isso. Mais tarde, já pertinho do Natal, Rony é o primeiro a perceber que Hermione não tinha mais os seus característicos dentões da frente. Agora sim, vamos ao Baile de Inverno. Krum aparece na história, e o ciúme de Rony é tão óbvio que poderia ser escrito em um cartaz e afixado no Salão Principal. Durante o Baile, ao descobrir quem é o par de Hermione, o garoto inventa desculpas mirabolantes para justificar porque ela não deveria ter ido com o búlgaro. Antes fã incondicional do apanhador, Rony passa a nutrir por ele uma espécie de ódio, tudo por causa dessa querida garota dos cabelos de Bombril.

Vamos então para o quinto ano em Hogwarts. Rony, ao descobrir que Hermione ainda mantém contato com Vítor Krum, se mostra extremamente ciumento. Alega que ele não quer “ser só correspondente”, e ainda acrescenta para Harry: “ele é apenas um babaca rabugento, não é?”. É também o ano em que Rony e Harry se mostram um tanto burrinhos em relação à lidar com sentimentos, e Hermione chega a dizer para o ruivinho que ele tem “a amplitude emocional de uma colher de chá”.

Avancemos então para o sexto e último ano do trio como estudantes de Hogwarts. Aqui, os sinais de que há algo entre Rony e Hermione ficam tão óbvios que até um trasgo perceberia. JK afirmou em uma entrevista que o terceiro cheiro que Hermione sente na primeira aula de Poções é do cabelo de Rony. Mas, como para bom entendedor meia palavra (ou nesse caso nenhuma) basta, o silêncio da menina foi tão revelador quanto um dos grossos livros que ela lê. Então, pela segunda vez na trama, os dois param de se falar e começam a travar uma espécie de luta pra ver quem causa mais ciúme no outro. Lilá Brown e Córmaco McLaggen viram praticamente objetos para serem usados como armas. É também nesse período que podemos descobrir certo medo de Harry perante o fato de Hermione e Rony formarem um casal: e se não desse certo e os dois parassem de se falar ou então ficassem tão grudentos que não seria mais possível conviver com eles? A amizade entre os dois só volta após a “experiência de quase morte” de Rony: foi necessário algo desse tipo para Hermione perceber que não valia a pena brigar com o garoto por tão pouco. Mas no final, tudo acaba bem, de certa forma: os dois voltam a se falar normalmente e, para nosso alívio, não há mais nem sinal de Lilá ou McLaggen.


Chegamos então ao último capítulo da saga. Podemos notar que Rony e Hermione começam a ficar mais carinhosos um com o outro e param com tantas briguinhas. Segundo a resposta que Harry dá a Krum, eles até estão “mais ou menos juntos”. Mas aí começam os problemas: Rony acaba “não agüentando a pressão” e deixa a jornada em busca das Horcruxes com a falsa impressão de que Hermione prefere Harry. Aí, enquanto Hermione passa dias chorando, nós leitores ficamos querendo dar uns tapas no Rony e gritar: “Seu retardado, ela te ama!”. E então o que acontece? Ele volta, destrói uma Horcrux e ainda ouve do Harry que ele só ama a Hermione como irmã. Aí respiramos aliviados: tudo vai dar certo afinal. Pulemos então para o trecho que se passa na Mansão dos Malfoy. Eu, particularmente, senti um misto de riso e pena ao ler que Rony grita desesperado por Hermione no sótão sem se preocupar com mais ninguém. Avancemos mais um pouco no livro e então chegamos. O beijo. Finalmente. Depois de quase 10 anos de espera pela maioria dos fãs, de vários “óóóóun” exclamados e vários pensamentos de “como esses dois não se tocam?”, Hermione, encantada com a preocupação de Rony pelos elfos, se atira ao pescoço do menino e lhe dá o beijo que provavelmente originou milhares de gritos de “YES” acompanhados de risadas ao redor do mundo inteiro. JK foi simplesmente genial pelo fato de que, ainda que fosse extremamente obvio que haveria um beijo, as circunstancias no qual este aconteceu o fizeram ser completamente inesperado! E então, bem no finalzinho, constatamos que Hermione e Rony realmente deram certo: se casam e criam uma linda família, e vivem felizes para sempre, e todo o resto que vocês já sabem.

Bem, é isso aí. Espero que tenham gostado da “nova metodologia utilizada”. Foi apenas uma mera homenagem a esse casal tão querido, que tantas vezes nos fez rir durante a série e que nos mostrou que amor e carinho podem estar nos mais incomuns e pequenos gestos.

Laís Seus

por Gustavo D.
Valeu Mariana pelo Email!

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