Daniel Racliffe, Emma Watson e Rupert Grint. A contratação desse trio, engendrada por David Heyman, é um dos maiores golpes de sucesso do show business já feitos em Hollywood. Afinal, como não foi fascinante acompanhar o crescimento desses três como Harry, Hermione e Rony, respectivamente, à medida que o público também crescia. É curioso rever Pedra Filosofal hoje e lembrar como eles eram e como nós éramos em 2001, há nove anos.
Ao decorrer de uma década de filmagens, eles desenvolveram suas técnicas de atuação, melhorando, em níveis diferentes, suas performances dramáticas, escorrendo aqui, acertando ali, e aperfeiçoando a química entre os três.
Vamos começar por Daniel Radcliffe.
Escalado para interpretar um órfão bruxo, Daniel Radcliffe aos 11 anos soube dar uma a tristeza certa para o personagem enquanto trouxa, e soube fazer bem a transição para o mundo bruxo. No entanto, principalmente a partir do segundo filme, Radcliffe parece que foi se acomodando, e até o sexto filme, principalmente, sua inexpressividade foi marcante, ainda que tenha tido momentos esparsos de inspiração.
Dentre esses momentos, vale lembrar a cena do vôo do hipogrifo em Azkaban, e cena em que convida Cho para dançar no baile, a conversa com Sirius em Ordem da Fênix e com Slughorn em Enigma do Príncipe. O sexto longa-metragem, aliás, é o filme em que ele mais ficou apagado. Não é que ele tenha piorado, mas a abundância de atores excelentes como Michael Gambon e Jim Broadbent e a evolução notável de Emma Watson, Rupert Grint e Tom Felton deixaram o protagonista meio jogado para escanteio.
Para Relíquias da Morte – Parte I, porém, Radcliffe tem tudo para dar um show. Pelas seguintes razões:
- O filme não se passa em Hogwarts. Em virtude disso, menos personagens serão abordados, e assim, Radcliffe, assim como Emma e Rupert, terão mais tempo de tela. Ele vai ter tempo para trabalhar o personagem.
- Cemitério e Sete Potter: Por meio dessas imagens divulgadas, é possível ver nitidamente que Radcliffe abandonou sua inexpressividade facial, interpretando de maneira leve e fácil, sem exageros.
- Trailer. No trailer, Harry está nitidamente com o peso sobre seus ombros, o peso para salvar seu mundo. Ele se sente isolado, sozinho, e o ator passa isso sem dificuldade em flashes rápidos do trailer. Imagine só no filme. O momento mais comovente do trailer, no entanto, é quando ele fala “Help me” (Ajudem-me), em relação ao que ocorre com Dobby. A voz falhada e a expressão de desespero são outra evidência de que podemos esperar o melhor trabalho de Radcliffe na série até agora.
Rupert Grint
Rupert, diferentemen-te, só evoluiu durante os filmes, porém essa evolução foi extremamente tendenciosa ao ponto cômico, o que, apesar de ter sido feito brilhantemente, desvirtuou muito o personagem original. Isso, no entanto, já melhorou.
Para Relíquias, no entanto, o Rony palhaço parece que vai dar lugar definitivamente para o Rony sarcástico. Mais: para um Rony que provavelmente vai ter um papel de antagonista para Harry. Em todas as imagens de Rony já divulgadas, não há nem sombra de alegria ou satisfação, mas de cansaço e raiva. Promete muito esse ruivo!
Emma Watson
Em Pedra Filosofal, Emma interpretava a Hermione pura dos livros, sabichona, amiga e voz da consciência, sem contar o visual com as madeixas descontroladas. Ainda que meio robótica, ela deu conta do recado e até emocionou em alguns momentos. O mesmo aconteceu no segundo filme, mas a partir desse, Hermione, crescendo, passou a chamar atenção por sua beleza nos filmes, fato que, provavelmente, atingiu seu ápice em Prisioneiro de Azkaban.
Em Cálice de Fogo, porém, parece que Emma tentou tornar Mione um pouco mais nerd. Seu visual foi mais descuidado do que no terceiro filme, provavelmente para fazer um contraste na cena do Baile de Inverno. Após o baile, na cena em chora nas escadarias, ela tem sua melhor cena do filme, e uma das únicas boas envolvendo a garota. Durante Cálice de Fogo inteiro, ela parece querer falar com as sobrancelhas, incorporar alguns maneirismos a sua interpretação, e ela não faz isso com sucesso. E o roteiro não ajuda, dando falas à garota que Hermione jamais diria, como as falas em relação a Vítor Krum, o que faz Hermione ser muitas e não só uma Hermione.
Em Ordem da Fênix, porém, ela abandona isso e volta a uma Hermione mais Hermione, apresentando poucos momentos memoráveis, dente os quais se destaca a cena com Grope. Mas é no sexto filme que Watson se revela uma atriz de mão cheia. Sem apelar para as sobrancelhas ou afins, ela dá vida a Hermione de uma maneira leve e sutil, respeitando o que a personagem realmente é. Cenas assim são vistas ao longo de todo o filme, como na loja de Gemialidades Weasley, jantar do Clube do Slugue, cenas em relação a Rony e em praticamente todas as cenas em que está presente. Sutileza, talento e beleza.
Em virtude disso, em Relíquias da Morte, podemos esperar uma interpretação digna de Oscar por parte da atriz, que parece ser a “rouba-cena” da vez. Já vimos que se destaca nas ruas da fuga por Londres e que fará o papel de tentar conciliar Harry e Rony. De acordo com os que já viram o filme, ela é protagonista de uma das melhores cenas do filme, em que Harry tenta animá-la depois que Rony vai embora.
Assim, no dia 19 de novembro, acredito que poderemos contatar que Daniel, Rupert e Emma são, de fato, os intérpretes perfeitos para Harry, Rony e Mione. Aposto todos os meus galeões de que os três serão bastante elogiados tanto pela crítica quanto pelo público.
Concordo plenamente com o nosso amigo mineiro :D
por: Gustavo D.
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