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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

[COLUNA] A palavra de cada um

A palavra de cada um

Olá meus queridos (nossa, baixou a Umbridge!), hoje a abordagem do nosso assunto favorito será mais simplória, mas não menos curiosa, sabe aquela brincadeira do “diga que palavra vem a sua mente”? Pois é, resolvi brincar disso usando alguns dos nossos personagens favoritos da série Harry Potter. Não raro, ao pensar em um ou outro, uma palavra me surge à mente com uma chave que define a essência desse personagem, sendo assim, vamos à palavra de cada um:

Harry: Coragem – sim, Harry Potter trás consigo o estandarte da casa de Godric Gryffindor, usou da coragem para sobreviver ao hostil ambiente dos parentes na Rua dos Alfeneiros, continuou usando dessa qualidade para enfrentar as complicações que se levantaram contra ele ao longo dos anos, as perseguições, as injúrias. Manteve a cabeça erguida, não se escondeu, manteve o sangue frio. E essa mesma coragem lhe deu serenidade para abraçar a morte e aceitá-la como uma amiga, uma solução para o caos, Harry não temeu a morte, pode ter temido a agonia que muitos de nós imaginamos que se sinta ao morrer. Veio-me agora à mente a pergunta que ele fez aos espectros de seus parentes e amigos surgidos em torno dele sob efeito da pedra da ressurreição: “Dói morrer?”. Com ele, aprendemos que coragem não é a ausência de medo, é enfrentar os medos que nos povoam a mente, é não saber exatamente o que fazer, mas querer tanto que o instinto aponta o norte e a coragem executa a tarefa. Os corajosos possuem medos, mas não se acovardam diante deles.

Rony: Companheirismo – eis um ícone do companheirismo dentro da saga, mostrou que independente de você compreender ou não o que seu amigo busca, você deve estar com ele para o que der e vier, morre junto tentando livrá-lo se for o caso. Ele é o estereótipo do melhor amigo, está lá para apoiar ou dizer que você não foi legal. Rony nos mostra que para ser um bom amigo, não é preciso saber exatamente o que dizer, não é preciso ter sempre uma solução na ponta da língua para a furada na qual seu amigo se meteu, Rony nos mostra que a presença pode ser tudo em muitos momentos. Não abandonar o barco nunca, olhar e dizer: “estou com você para o que der e vier”, “Não sei como vamos sair dessa, mas estou junto”. Certamente Harry sentiu-se pela metade quando ficou privado do companheirismo de Rony por umas duas vezes ao longo da saga. Ronald Weasley nos ensina a prática do ser companheiro, nos mostra que o companheirismo é incondicional.

Hermione: Pensaram em inteligência? É eu também pensei isso, mas depois imaginei que a essência desse personagem não é exatamente a alcunha de “sabe tudo”, na realidade podemos, através de Hermione, sentir que o empenho disciplinado, o foco produz frutos muito satisfatórios. Uma mente iluminada sem foco, não produz satisfatoriamente. Então a palavra de Hermione é “Foco”. Ela nos ensina que com suficiente concentração e empenho, você pode chegar a qualquer lugar que o conhecimento possa te guiar. Seja determinado, trace suas metas, siga-as disciplinadamente e terá frutos. Não importa se você não tem tradição familiar ou a quem puxar no que quer que você deseje fazer, se você carrega o potencial para o que quer, mantenha o foco, persiga o que quer e obterá.

Dumbledore: Sabedoria – sim, quando ouvimos esse nome sentimos uma certa reverência e esperamos alguma frase de profundo significado, esperamos entender alguma coisa, é como se um caminho limpo se abrisse cada vez que esse personagem abre seu leque de considerações, ele é o espírito quase onisciente da história, é a fonte na qual todos buscam aclaramento para dúvidas. Mesmo seus enigmas encerram um quê de indicação de rumo, é sempre a palavra suprema, à qual todos aquiescem.

Snape: Fidelidade – pensaram em amor? Poderia ser. Essa palavra pintou na minha mente também por causa do lance da Lily e tudo, mas como a palavra deve trazer uma essência global, a palavra para Severo Snape deverá ser “Fidelidade”, pois a fidelidade foi algo marcante nesse personagem, apesar de ter sido exercida às escondidas, sem glórias e debaixo de muitas injúrias e rejeições. Snape, independente da cara torcida de todos, se manteve, silenciosamente fiel ao amor de Lílian, fiel ao seu propósito de redimir-se de sua má escolha, fiel a sua missão de proteger o filho dos Potter, fiel à causa do bem, fiel ao comando daquele que lhe deu abertura para redimir-se. Não fraquejou, não se acovardou, nem mesmo em momentos em que poderia ter declinado para o lado que aparentemente ganhava e oprimia, ele tinha uma tarefa a cumprir, empregou sua vida na execução dessa tarefa, Snape era um bruxo de palavra, ele se manteve fiel a sua palavra até o seu último suspiro.

Molly: Dedicação – não tem palavra melhor, quem tiver, apresente nos comentários, vou querer saber! Molly Weasley é o exemplo de dedicação materna, sempre de olho em todos, sempre atenta às necessidades de um sem número de criaturas em torno, ela irradia cuidados. É praticamente mãe da dos marmanjos da Ordem da Fênix. Nutrir, agasalhar, vestir, organizar, atender, verificar se está bem... São gestos tão naturais em Molly que sua imagem transmite aconchego, acolhimento. Às vezes imagino a sensação de Harry quando recebia aquele abraço receptivo da Srª Weasley ao chegar na Toca, ele devia se sentir cuidado, querido (eu quero um abraço desse também!).

Arthur: Igualdade – Os Weasley comumente eram citados como vergonha das famílias puro sangue, as famílias de linhagem pura olharam com certo desprezo o Sr° Weasley. Por quê? Ele, diferente da grande maioria dos sangues-puros, não discriminava mestiços e trouxas, tinha uma curiosidade, eu diria fascínio pelo modo de vida dos trouxas, admirava-se da quantidade de coisas que os sem magia conseguia fazer sem mágica, isso era fabuloso para ele. Não havia distinção entre um sangue puro, um mestiço e um trouxa para esse bruxo, todos eram dignos de respeito. É por essa postura totalmente igualitária e desprovida de ar discriminatório, que a palavra que melhor cai para o senhor Weasley é igualdade.

Fred e Jorge: Sorria – alguém pensou em algo diferente? Não dá pra lembrar dos gêmeos e imaginar palavra diferente, sim, o riso é a marca deles, a alegria. Ambos viviam sob à máxima Shakespeariana do “não leve a vida tão a sério”. A vida é tão curta para que seja empregada apenas em preocupações, irritações e coisas chatas que os gêmeos se empenhavam em empregar cada segundo em algo magicamente engraçado. O dueto de gracinhas, vozes alternadas nas piadas, era o ponto alto dos dois. Definitivamente ambos eram geniais na tarefa de fazer rir e ver a vida com mais leveza. Faça sol ou chuva, o riso estaria sendo garantido por Fred e Jorge, os gêmeos maravilha.

Gina: Paciência – essa personagem se tornou ícone das meninas que suspiram por um carinha que não lhes corresponde. Gina deixou bem claro para o leitor, em Harry Potter e a Câmara Secreta, quais eram as suas intenções para com o menino usuário de óculos e uma cicatriz em forma de raio na testa. Teve gente que apostou que ela ia conseguir retorno logo no segundo livro. Que nada! A paixonite da irmã de Rony se arrastou por centenas de páginas, vários volumes à frente, esperou, esperou, viu que o cidadão não tava dando nenhuma condição e foi tratar de tocar a barca para frente. Se ela desconfiasse que tocar a barca para frente fosse despertar o interesse de Harry, acredito que ela teria tentado isso antes! No caso de Gina, quem espera alcança. A paciência dela em esperar algum interesse por parte do nosso herói foi recompensada. Então meninas e meninos, não percam as esperanças fácil, lembrem de Ginevra Weasley, essa teve muita paciência.

Hagrid: Bondade - O meio gigante é um paradoxo, pode parecer intimidador a primeira vista, mas olhando mais de pertinho, ver-se que é uma das criaturas mais bondosas e doces de Hogwarts. Certamente era um Lufa-Lufa antes de ser expulso da escola vítima de uma armação de Tom Riddle. Seu coração é gigante como o tamanho, não mede esforços para ajudar.

Neville: Superação – muitos de nós imaginamos que Neville Longbottom iria desaparecer depois do primeiro livro, um menino assustado, desengonçado, desastrado, incapaz de canalizar com o mínimo de habilidade a própria magia. Neville era a imagem de um bruxo fadado ao fracasso, o tipo no qual você não apostaria meia palha de vassoura, estava condenado a ser o trapalhão até o fim. Certo era isso o que muitos pensavam, mas ao longo dos livros esse personagem foi dando uma lição de superação, mostrando que você é capaz de atingir seus objetivos, desde que você deseje com muita força e ponha empenho sincero nisso. Neville nos ensinou que é possível superar qualquer obstáculo, desde que você não aceite a derrota ou se afunde na sua suposta fraqueza.

Luna: Espontaneidade – Num mundo onde grande parte das pessoas mascaram o que pensam, sentem ou apreciam, Luna vem mostrar que ser espontâneo e sincero pode até parecer loucura num primeiro momento, mas te permite ter uma visão menos mascarada do mundo. Ela ensina, de modo muito louco às vezes, que não devemos ter medo ou vergonha do que somos ou pensamos. Lovegood é o tipo que deixa você embaraçado porque acaba te desnudando a alma, ela diz e faz o que quase ninguém tem coragem de dizer ou fazer, por mais vontade que tenha em fazer ou dizer. Luna nos convida a ser espontâneos e a não temer nossas esquisitices. Até porque de gênio e aluado, todo mundo tem um bocado.

Remo: Serenidade – sempre que eu leio trechos referentes a esse personagem ou assisto cenas em que ele está sendo interpretado, eu sinto uma grande calmaria. Remo é a serenidade em pessoa. O fato de arrastar consigo o estigma do preconceito aos lobisomens desde a infância, faz desse comportamento algo admirável. Lupin mantinha seu temperamento sereno, não importava se o insultassem, ou rejeitassem, sua postura era de uma profunda calma, de uma paz invejável. Dizem que a paz não é a ausência de problemas, a paz é estar sereno em meio à confusão, é a postura pacífica, tranquila mesmo em situações apertadas. Remo Lupin me inspira paz através de sua serenidade, ele nos ensina a manter a calma, a não permitir que os ânimos se excedam e turvem nosso raciocínio. Quando estiver perdendo as estribeiras, lembre dele, conte até dez, respire fundo e deixe o lábio distender-se em um leve riso zen.

Sirius: Atitude – Esse é um personagem cabeça dura, mas cheio de atitude, tanta atitude soa impulsividade em muitos momentos, a própria morte dele foi resultado da impulsividade que é uma marca forte nele também, mas preferi deixar a atitude como palavra chave, pois impulsividade é atitude de qualquer maneira. Sirius era um bruxo de ação, não tolerava restrição, isso nos fica claro no livro cinco. Em Harry Potter e a Ordem da Fênix vemos o quanto ele sofre por ficar de mãos atadas sem poder sair da sede da Ordem. Ele tinha ânsia por ação, não tolerava ficar sentado olhando o teto. Quando surgiu uma boa oportunidade de mandar às favas o conselho de ficar quietinho no seu canto, deu no que deu, foi para o departamento de Mistérios e levou um Avada Kedavra... Nem adianta dizer que ele poderia ter ficado na dele, certamente alguém tentou dizer isso, mas vai convencer alguém cheio de atitude a ficar quieto na hora do pega pra capar!

Bom, é isso aí, então? Qual palavra define cada um desses personagens para você? Comente.

Coluna de Aline Freitas

por Gustavo D.

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